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T e x t o s & T e x t u r a s

“Vem e vê!”

A stained glass window at St. John the Evangelist Church in Prairieville depicts the resurrection of Christ, which Catholics around the world celebrate during the 50 days of the Easter season. Photo by Richard Meek | The Catholic Commentator

A stained glass window at St. John the Evangelist Church in Prairieville depicts the resurrection of Christ, which Catholics around the world celebrate during the 50 days of the Easter season. Photo by Richard Meek | The Catholic Commentator

Natanael significa “Deus Deu” ou “Dom de Deus”. No evangelho de João, ele representa os israelitas íntegros que mantinham viva a esperança da redenção de Israel por meio do Messias. Suas expectativas se cumprem quando conhece a Jesus, filho de José, de Nazaré. Isso foi possível porque um amigo seu chamado Filipe veio compartilhar com ele a boa notícia.

Jesus encontrou Filipe de caminho para a Galileia, já em companhia de André e Pedro, que também eram de Betsaida, e o desafiou: “Vem e segue-me”.

O encontro com Jesus impactara a vida de Filipe de tal sorte que ele não podia se conter, tinha que repartir sua esperança: “Achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei, e a quem se referiram os profetas” (Jo 1.45).

A princípio Natanael não deu fé, pois não achava que de Nazaré pudesse sair alguma coisa boa. Típica reação de quem “não está no clima” e é “assediado” por alguém muito empolgado com alguma novidade.

Sábio, Filipe não discutiu, apenas o desafiou: “Vem e vê.” Aprendeu isso com o próprio Jesus, porque foi assim que o Rabi agiu com Pedro e André (vd. 1.39).

O resultado foi que, com os demais discípulos, Natanael pode vislumbrar uma alternativa para o legalismo e o preconceito.

No caminho do discipulado há duas coisas muito práticas com as quais se deve ter cuidado: Primeiro, com a empolgação do “novo convertido”, que não corrobora para a missão se em lugar de contagiar o interlocutor acaba por afastá-lo. Esse é o “pecado” dos fanáticos, dos radicais e dos fundamentalistas. Segundo, não se deve perder tempo com discussões infrutíferas, pois não se faz discipulado vencendo-se batalhas retóricas. O maior de todos os argumentos é a própria vida. Mais do que anunciar uma novidade, o convite ao discipulado é um desafio a ver e a viver vida nova.

Fazer discípulos é possibilitar às pessoas conhecer, amar e seguir a Cristo no caminho da justiça com misericórdia, da equidade e da paz sem preconceitos.

 Rev. Luiz Carlos Ramos+
(2.º Dom Após Epifania, 2015)

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