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T e x t o s & T e x t u r a s

A eternidade no coração

Tudo neste mundo tem o seu tempo;
cada coisa tem a sua ocasião.
Há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de colher;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.
Há tempo de chorar e tempo de sorrir;
tempo de lamentar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.
Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de gastar;
tempo de rasgar e tempo de costurar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.
Há tempo de amar e tempo de desprezar;
tempo de guerra e tempo de paz. […]
Deus fez tudo com beleza e no seu devido tempo.
E ainda pôs a eternidade no coração do ser humano.
Eclesiastes 3.1-11 (LCR)

Staccato 25 Anos

Damas e cavalheiros,
Autoridades aqui presentes,
Convidadas e convidados,
Grande Família Staccato,
Estimadas Eliane e Elenise,
Parabéns pelos 25 Anos do Centro Cultural Staccato.

Mais do que uma escola, vocês constituíram nesta terras de belas araucárias uma linda família: a Família Staccato, que sempre foi motivo de orgulho, não só para Dona Odete e o seu Francisco, mas para toda esta histórica cidade, e assim continuará sendo nos tempos vindouros.

Por ocasião das celebrações dos 10 anos do Staccato, isso lá pelos idos de 2003, foram lembrados três conceitos de tempo que estão presentes na mitologia antiga em geral e na Bíblia em particular: Kronos, Kairos e Aion.

Kronos serve para medir o tempo passado, Kairos serve para avaliar a qualidade do tempo presente, o Aion serve para renovar nossa esperança na plenitude do tempo futuro.

Mas assim como na música não se deve separar melodia ritmo e harmonia, a não ser didaticamente, também na nossa vida devemos ter em mente que nós somos um intrincado emaranhado de passado presente e futuro.

Nós somos lembrança, presença e esperança!

O tique-taque do metrônomo nos permite quantificar o quão gratificante foram esses 25 anos de muito trabalho.

As notas do piano nos permitem qualificar a  felicidade experimentada nesse tempo.
E as batidas do nosso coração servem para nos esperançar quanto à plenitude do horizonte futuro.

Entre o instante e a eternidade

Certa vez escrevi:

Vi(-)da
duas sílabas fugazes
que escorrem
entre o primeiro choro e último suspiro
entre o berço e a sepultura
entre o agora e o nunca mais

duas sílabas leves
que flutuam
entre o instante e a eternidade
entre o ser e o nada
entre o já e o jamais

duas sílabas livres
que dançam
entre desafinos e desatinos
entre mínimas e semibreves
entre lás e sóis, sustenidos e bemóis

duas sílabas apaixonadas
que se beijam
entre o por que e o porquê
entre o não e o talvez
entre o sim e o enfim sós

duas sílabas ligeiras
pelas quais vale a pena morrer
seja como for
mas melhor se for de rir
mais ainda se por amor

A eternidade no coração

O texto sagrado que lemos nos diz que Deus nos deu de presente o tempo e com ele a ocasião certa para tudo… na vida.

Mas o texto também nos dá um bônus e diz que
Deus colocou no coração do “homem” a eternidade.

Deve ser por isso que toda pessoa minimamente sensível

Se admira da mecânica do sol esticando o dia
Se encanta com física da lua banhando a noite
Fica deslumbrado com  a sintaxe das estrelas salpicando o infinito
Fica extasiado  com isso tudo que oscila entre o ínfimo e o máximo.

Esses somos nós:

essas notas mínimas e semibreves
que flutuam entre o instante e a eternidade.

Não devemos nos esquecer, por fim, que a vida se dá sempre como processo de construção e reconstrução memorial.

Portanto, não seria demais afirmar que

A vida é música e a música é vida

A vida, como a música,

é, em parte, expectativa e, em parte, memória
é acontecimento, é instante, é evento,
é status vivendi, é sedução em andamento,
é silêncio em eloquência e som em persuasão;
enfim, a vida é(!)
[e ponto de exclamação].

Nisso está o seu fascínio, seu encanto:
Por um pouco é expectativa;
num átimo torna-se som encarnado,
para logo a seguir submergir
e ressurgir como memória sagrada,
pela magia da misteriosa dança da existência.

O tempo, o evento e a eternidade

Eliane e Elenise, parabéns pelos 25 anos
de lembranças, presenças e esperanças!

Hoje rendemos graças a Deus

pelo tempo
pelo evento e
pela eternidade

que transbordam dos nossos coraçõe

Luiz Carlos Ramos
22/09/18

2 Comentários

  1. Estimado Pr Luiz Carlos Ramos….como está??? Estou admirado por vossa sensibilidade ao escrever com tanta riqueza de detalhes profundos!!!Sinto-me muito emocionado no tocante o verso “” A ETERNIDADE NO CORAÇÃO””!!!!! Gratidão por todas as msg….e que continue a escrever …me deu um ânimo terrível!!!!rs…rs…

    um fraternal abraço para o Sr….adalberto – americana

    • É uma alegria imensa tê-lo como amigo, meu querido irmão Adalberto.
      Receba meu fraternal abraço.
      Luiz

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