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T e x t o s & T e x t u r a s

Milton Sheleski de Souza

oleiro

“Palavra do SENHOR que veio a Jeremias, dizendo: Dispõe-te, e desce à casa do oleiro, e lá ouvirás as minhas palavras. Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu.” (Jeremias 18.1-4)

Oleiro: esta foi a sua primeira profissão. Cresceu ajudando o pai a fazer tijolos e os irmãos a amassar o barro. Como Jeremias, toda vez que descíamos à sua casa, casa de oleiro, ouvíamos palavras de Deus… e elas nos faziam sorrir, porque ditas, ou melhor, bem-ditas, com alegria, sempre moldadas com a graça de Deus: a mais nobre de todas as argilas.

No entanto, hoje choramos por aquele que, em outros tempos, tanto nos fez rir. Quis o Oleiro Eterno quebrar esse vaso de barro para refazê-lo, agora com um barro muito superior, segundo seu bom parecer.

Como Jó, cada um de nós pode dizer-te, querido irmão: “Eis que diante de Deus sou como tu és; também eu sou formado do barro” (Jó 33.6). Sim, somos todos húmus: humildes humanos. “Ó SENHOR, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos” (Is 64.8).

Mas também queremos dizer-te: Muito obrigado! irmão querido e saudoso, pelo tesouro que você nos legou como amigo, pai, companheiro. Vamos guardá-lo no fundo do coração. E haveremos sempre de nos lembrar que “temos, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2Co 4.7).

Adeus, irmão oleiro, a-Deus!

Luiz Carlos Ramos
(25.05.2009)

 

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