Um beijo no meio do caminho
(Alocução: LUIZ CARLOS RAMOS. Trilha: FRÉDÉRIC CHOPIN, Sonata para Piano e Cello em Sol Menor, Op. 65 – III. Largo)
.
Para o povo cristão, o período de 40 dias que antecede a Páscoa é um tempo de reconciliação. A parábola do filho pródigo (Lc 15. 11-32) nos ensina muito a esse respeito. Aquele filho experimentou um tempo quaresmal: teve de passar por um jejum forçado; teve ocasião para meditar longamente sobre sua condição miserável ao lado dos porcos; e o resultado é que ele se arrependeu amargamente de seus enganos e desenganos…
Foi quando ele tomou a decisão mais importante de sua vida: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai”. Imediatamente o rapaz se levantou e foi ao encontro do pai. Da mesma forma, o relato nos diz que, quando ele ainda vinha longe, o pai saiu ao encontro do filho. Ambos se encontraram no meio do caminho e se beijaram. Houve reconciliação, a paz foi restaurada.
Para que a reconciliação aconteça, é preciso que alguém dê o primeiro passo e que alguém dê o primeiro beijo. Se é preciso que alguém volte, também é preciso que o outro saia ao encontro. Reconciliação é isso: reencontro. E para que aconteça, bastam duas coisas: um passo e um beijo.
Neste tempo que antecede a Páscoa, quando nos lembramos do grande passo de Deus em Cristo vencendo a infinita distância que nos separava dele, nos damos conta de que já está mais do que na hora de nos levantarmos, e darmos também nós esse importante passo em direção a Deus e em direção ao próximo.
Diz o Antigo Testamento que há tempo para abraçar e tempo de afastar-se de abraçar, pois este é o tempo de abraçar. Para isso basta darmos um passo e trocarmos um beijo no meio do caminho.
Reverendo Luiz Carlos Ramos †
Faço das palavras acima, as minhas, tive o grato privilégio de ser seu educando há quase cinco anos, como você pode ver, continuo me alimentando e aprendendo contigo. Louvo ao Senhor nosso Deus, por sua vida e por sua extrema sabedoria .
Olá, querido professor, boa tarde espero que esteja tudo bem com o senhor e família!
Caro professor, escrevo para dizer que as aulas que o senhor ministra, para mim, são muito especiais, sua preocupação com a beleza em que a palavra de Deus tem de ser passada é algo que me encanta muito.
Deixando de lado sua grande capacidade de dar aula que é indiscutível, o senhor é uma grande pessoa que trata seus alunos com respeito e amor.
Eu queria ter dito isto no fim do ano, mas como não foi possível estou falando agora. Não sei se o senhor ainda dará aula para mim, mas te digo o senhor não passou pela minha vida como professor, mas é parte dela como amigo.
Que Deus continue te abençoando em tudo.
Abraço fraternal
Enoque Rodrigo de Oliveira Leite.