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T e x t o s & T e x t u r a s

Bem-aventurado quem abre mão do poder

«E todos da multidão procuravam tocá-lo,
porque dele saía poder; e curava todos.» (Lucas 6.19

Bem-aventurados aqueles e aquelas que abrem mão do seu poder em favor do bem-estar de todos…

Conversão, subversão, revolução… não fossem essas palavras tão desgastadas em nosso tempo, seriam exatas para expressar a ênfase do Evangelho de Lucas. 

Lucas é o Evangelho do Jubileu, o ano aceitável do Senhor, quando a paz será restaurada, porque o mundo que ficou de cabeça pra baixo por causa do pecado, da ganância e da ambição humana, será novamente colocado de cabeça pra cima. 

Para Lucas, o Cristo e os cristãos são aqueles que estão “transtornando” o mundo (cf. At 17.6). Linda palavra que significa colocar de ponta-cabeça, deixar de pernas para o ar. 

É a verdadeira conversão, mais que isso: é a grande revolução. Porque as coisas que estão por baixo são colocadas por cima: bem-aventurados são os miseráveis, famintos, enlutados e proscritos. E infelizes os abastados, enfastiados, debochados, que estão sempre cercados de bajuladores. 

Em Lucas, o famoso sermão de Jesus não é pregado na montanha, mas na planície (cf. 6.17). 

Jesus é o Deus que desce ao encontro dos que estão por baixo, para que juntos possam erguer os olhos, divisar novos horizontes e voltar a andar de cabeça erguida…

Jesus tange nossa humanidade e permite que lhe rocemos a divindade. 

«E todos da multidão procuravam tocá-lo,
porque dele saía poder; e curava todos.» (Lucas 6.19)

Jesus ia na contramão do senso comum. 

Enquanto muitos autoproclamados cristãos se extenuam e se esbofeteiam para adquirir mais e mais poder, o verdadeiro Cristo se esvaziava: “dele saía poder; e curava todos…”

Curar, nas Sagradas Escrituras, também quer dizer libertar, perdoar pecados, salvar. 

Sim. bem-aventurados somos se, com Cristo e como Cristo, abrirmos mão do nosso poder em favor do bem de todos…

Jubileu: abrir mão do poder que mata, para poder estender mãos que salvam, que perdoam, que libertam e que curam. 

Jubileu

Nossos olhos abertos estão
vendo morte, pobreza e maldade;
no entanto seguimos confiando
que o futuro está por chegar,
a esperança provoca o andar
pela fé, a justiça e a vida.

 

Amanhã, ao nascer do sol, virá a liberdade,
a festa e o perdão, descanso para todo o que sofre.

 

Amanhã, ao nascer do sol, a terra voltará
àquele que a perdeu e o trigo crescerá em abundância.

[Adoniran Ibarra; trad. Luiz Carlos Ramos]

Rev  Luiz Carlos Ramos
P
ara o Sexto Domingo após Epifania | Ano C, 2019

Ilustração:
Pixabay  – Grátis para uso comercial  Atribuição não requerida

2 Comentários

  1. maravilhoso e dignificante este texto!!!!

  2. oi Pastor Luiz …boa noite como está???Faz tempo que não nos falamos….e tenho saudades!!!rs..rs.rs…wou telefonar para o Sr e jogar uma conversa fora…rs..rs..Umj excelente final de semana para o Sr…e que continue a sei iluminado por ELE !!!! abçs adalberto – americana

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