O tempo sagrado
Tiago de Varazze (séc. XIII), buscava o (re)encantamento do tempo. Assim, em seu best seller medieval, “Lenda dourada”, propõe a seguinte organização do Tempo Litúrgico ou Tempo Sagrado:
A -> Tempo da Renovação (do Desvio): Advento
B –> Tempo da Reconciliação: Natividade (Natal) ou Encarnação
C —> Tempo da Peregrinação: Tempo Comum (após a Encarnação)
A’-> Tempo do Desvio (da Renovação): Quaresma (Cinzas até a Paixão)
B’–> Tempo da Reconciliação: Páscoa (Ressurreição até a Ascensão)
C’—> Tempo da Peregrinação: Tempo Comum (após a Ascensão/Pentecostes)
Estamos, portando, iniciando o Tempo da Peregrinação após Ascensão/Pentecostes (desde 14 e 24 de maio).
“Depois do tempo da reconciliação que se estende da Ressurreição à Ascensão e o Pentecostes, o Cristo, tendo passado por sua Encarnação, sua Paixão e sua Ressurreição, permite que o tempo reconcilie a humanidade com Deus, pelo tempo da peregrinação.” (LE GOFF, Jacques. Em busca do tempo sagrado: Tiago Varazze e a Lenda dourada. Trad. Marcos de Castro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 187)
Rev. Luiz Carlos Ramos†
(Tempo Comum, 2015)